À noite, se a temperatura não desce, o corpo entra na
paisagem pelo seu lado mais quente. Funde-se e participa, derrete-se. Quanto menor
for a resistência maior será o prazer. Aquilo que noutro sítio é um exercício
de estilo ou uma metáfora, torna-se na noite do Alentejo uma questão de
sobrevivência.
Caída a noite, e sem o menor sinal de trégua do calor, observei
como faziam os gatos em Avis , antes de me sentar na pequena esplanada do bar “Saloon” onde , a coberto
das sombras noturnas, bebi o meu primeiro Sharish e fiz este desenho.
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