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A cal não tem cor. É luz fóssil aprisionada numa concha
imaginária. Cresce com o tempo, como uma espécie de pele das casas, camada
sobre camada.
Tento captar a sua
respiração antiga, o sal que lhe nasce por baixo como se aí existisse uma
praia. Decoro-lhe as formas como quem memoriza uma palavra caída em desuso ou
um mapa, a forma como se arredonda como um seixo na curva entre o corredor e a
escada.
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